segunda-feira, 9 de março de 2009

Abrindo portas e escancarando janelas...

Tenho passado, nesses tempos de quaresma, por uma experiência muito agradável... eu disse agradável? Menti... desculpa... A palavra mais adequada é “agradabilíssima”!!! rs rs rs rs...
Há quem reclame dizendo que não sou nada objetivo... Mas não sei falar das coisas que sinto de forma objetiva... E também não sou objetivo, oras!!! Escrevo como penso e sinto...


Então vamos lá!!!

Vocês já passaram pela experiência de esperar alguém em casa??? Aquela ansiedade maravilhosa??? Rs rs rs rs...

Eu tinha alguém pra receber...
Mas tinha um problema: vinha passando mais tempo fora que em casa...

Muita coisa por arrumar... tudo espalhado e organizado totalmente ao meu jeito de forma a ter tudo ao meu alcance... teias de aranhas e um cheiro de mofo por passar muito tempo fechado...

Fui arrumando tudo... organizando tudo... cuidando de cada detalhe para que minha visita se sentisse bem ao chegar...

Eu detesto esperar quem se atrasa!!! Mas adoro essa coisa da espera amorosa de algo ou alguém que se anuncia... Faz-me lembrar sempre a vigília em espera do Esposo amado das almas amantes...

Arrumei tudinho... Empurrei um pozinho pra baixo do tapete também... rs rs rs rs rs rs... comprei uns cravos para os vasos e para perfumar os comodos interiores... abri portas e janelas para deixar entrar luz, claridade, novos ares...

Fiz bolo e café fresquinho, porque pra mim essa é a melhor forma de receber quem gosto... (os meus mais próximos sabem disso)... Tomei um banho demorado... Botei minha roupa preferida... Botei pra tocar a música que marcou aqueles momentos de espera... e sentei na sala, a meia luz, sentindo aquela brisa fria de noite recém chegada... e pus-me a esperar terno e alegremente nos últimos minutos que ainda restavam...

A campainha tocou!!! O coração acelerou... Muito tempo sem receber visitas; nem sabia mais fazer isso... Não conseguia conter o sorriso (mesmo não querendo ser presunçoso)...

“Que bom que você veio!!!”
“Desculpe-me! Só passei pra dizer que não poderei ficar...”

Ta parecendo história sem final feliz, não ta? Pareceu pra mim também... Mas por pouquíssimo tempo...

Voltei entristecido e fui comer o bolo e tomar meu café sozinho, como já estou acostumado, porque não tem desgosto que me tire o gosto do meu cafezinho... kkkkkkkk...

Lembra que falei que passei muito tempo fora, de portas e janelas fechadas? Pois é!!! Mal botei o café na xícara, meus queridos amigos, vizinhos, sentindo o cheirinho do café e bolo que escaparam pelas janelas agora escancaradas, foram chegando... e a casa se iluminando... e a quantidade de xícaras na mesa aumentando (bem mais que as poucas duas para qual tinha sido preparada)... além da música os risos passaram a encher a casa... e como que numa mensagem subliminar e instantânea, emanação própria do amor, parece que se espalhou por todo o universo a minha alegria e a notícia de que estava de volta à casa... e como agora sabem onde me achar, muitos outros vieram e tem vindo... cartas foram chegando... amigos de muito tempo sem notícias se comunicando... e os meus grandes olhos brilhando...

Não mais fechei as janelas, porque os tesouros que aqui guardo não podem ser roubados...

Toda tarde tomo meu café na minha cadeira de balanço sentindo uma brisa fofoqueira que já anuncia o outono e a aproximação de uma visita "de casa" e sempre ilustre que não passa um só outono sem visitar a minhalma para minha total alegria e completude...

Ainda acha que essa é uma história sem final feliz??? Kkkkkkkkkk...

Nem com todo meu exercício de criatividade imaginaria, ao arrumar a casa para receber uma visita, um final tão feliz...


Se quiser tomar um café com bolinho, pode chegar!!! Estou de volta à “casa” e não pretendo fechar as portas... pelo menos não agora...

Um comentário:

Jasp disse...

Rennan, eu sei bem o que significam o café e o bolo. O estar juntos é mais importante do que tudo. Aproveito para agracecer por você nunca ter fechado suas janelas e portas pra mim e pra todos que lhe conhecem.
Você é o fashion!