quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Quando desacreditar é preciso...


Estou extremamente aborrecido comigo mesmo... Que droga!
Conheci um jovem num evento junto a outros amigos. Um convívio de fato muito agradável! E vi nisso a possibilidade de uma boa amizade...

Nada mais justificável! Entre nós, amigos já unidos, existe um grande prazer em agregar amigos individuais ao grupo, para rirmos e aproveitarmos a vida na coletividade.

Mas tenho tido o desprazer de ver agregadas a esse grupo pessoas inseguras, ariscas e desconfiadas... e esse é um aprendizado que me fere. Tenho tentando aprender, mas me custa. Não sou afeito a relações vazias, rasas, de pura diplomacia... detesto flores de plástico! Prefiro mesmo as naturais com toda a sua fragilidade.

Alan já tinha me alertado para essa questão de que temos mesmo que aprender a não nos sentirmos amigos das pessoas quando as conhecemos, que esse é um jeito muito particular de se relacionar e que as pessoas não comungam dele... mas não escutei...

E assim agi, com o referido jovem que relatei no inicio, como amigo: fone, Orkut... uns diziam que tinha o “olho junto” e outros que tinha “alma de anjo”; e, no meu gosto por pessoas, acreditei, e quis mesmo conhecer seus valores... mas bastou um papo no MSN para eu perceber que essa coisa de amizade só estava na minha cabeça, e dei com os burros n’água...

E fiquei triplamente aborrecido. Primeiro, por ver mudadas as nossas intenções. Tento ser o mais claro possível na minha relação com as pessoas justamente para não dar a outros o direito de inferir sobre as minhas intenções. Depois... odeio quando acredito burramente nas pessoas quase tanto quanto odeio ter que desacreditar delas.

Detesto ter que desacreditar nas pessoas, mas tenho que me acostumar ao aprendizado de que desacreditar às vezes, embora doa, é necessário. Mas continuo me negando a encontrar as pessoas cheio de reservas como se tivesse um rabo enorme para proteger de alguém puxar...

Ao colega agradeço a pedrada necessária; li a lição, e farei o possível para aprender...
Aos demais, acho que já disse isso antes, mas vou repetir:
Se não for pra vir inteiros e intensos, se for para trazer apenas avareza sentimental para partilhar, é melhor mesmo que não venham!

Li outro dia de Gibran que: “Quando alguém lhe oferece serpentes quando pede peixes, talvez não tenha se não serpentes pra dar. É então uma generosidade de sua parte.”


Gostaria mesmo que as pessoas não escondessem seus peixes oferecendo serpentes e deixando-os apodrecer .

4 comentários:

ANNE KARINE DE LIMA disse...

Sinto muito por sua decepção.
Eu sempre estou passando por isto.
Sempre!
Adoro você!

S Roberta disse...

Oh Rennan... de fato é uma pena nos decepcionarmos com as pessoas!!!! No entanto se pensarmos que as pessoas não podem nos dar mais do que são... sairemos menos machucados!!!!
Isso faz parte da vida e das relações humanas.
Bjs

Francisco José disse...

Rennan, meu querido!
Não sei se lamentar é a melhor coisa a fazer, uma vez que conhecemos, ou pelo menos, imaginamos o quão complexa é a relação entre humanos. É muito nobre de sua parte a entrega total a "amigos", criando expectativas quanto a uma devolutiva positiva, que em minha opinão também é a mais justa. E assim como as demais pessoas que comentaram, acredito que na atual conjuntura o melhor é ter um passo à frente e outro atrás, para não "sofrer" mais que a medida.
Acredite! Falo por experiência própria.

Como não podia faltar, meu momento bem humorado na história: cada ferrugenzinho do meu rosto, que vc tantas vezes brincou, é um desses machucados deixados por alguém, ou alguma coisa... rsrsrsrs

Adriano disse...

Caro amigo Rennan,

Quando li sua postagem eu logo me recordei de uma passagem bíblica que diz o seguinte: "Vinho novo, amigo novo; deixa-o envelhecer, e o beberás com prazer." (Eclo 9,15)

Dentro das relações humanas, quem mais se dá ao outro, menos recebe. Vai entender isso???Complexo demais. Mas, uma coisa eu te digo, continue oferecendo o que tens de melhor amigo, isso, já é uma grande resposta. Beijão