segunda-feira, 29 de junho de 2009

O entregador de convites

O Belo Monte era a parte mais alta da cidade sobre o qual havia um grande salão de festas...

Quando os bailes aconteciam, com as luzes do alto toda a pequena cidade se iluminava...

Junto a esse monte morava o jovem entregador de convites; sua função era endereçar e entregar os convites em ocasião dos bailes dados no grande salão; e por muito tempo ele exerceu essa função.

Conhecia bem o salão pois, vez ou outra, ajudava na limpeza para fazer um extra, e sempre que entrava nele imaginava as pessoas felizes, sorrindo, dançando... relacionava sua idéia daquele ambiente à sua imagem simbólica de felicidade.

Sempre que havia baile, ele abria a janela lateral do quarto onde dormia na humilde casa onde sozinho habitava, e tinha uma visão privilegiada do monte e do salão; gostava de vê-lo iluminado e escutar os risos e música que o vento, generoso, trazia até sua janela.

O entregador de convites sentia muito prazer em sua simples função, e, por muito tempo, aceitou os padrões como eram estabelecidos e se contentou em alegrar as pessoas entregando os convites para os bailes que adorava.

Mas num certo dia a razão tomou-lhe de uma possibilidade: se era ele a endereçar e entregar os convites, por que não endereçar um a si mesmo?

Ponderou... ponderou... e acabou por fazer justamente o que essa possibilidade nova lhe propunha – iria ao baile porque havia sido convidado (mesmo que por ele mesmo).

O dia do referido baile chegou... Não agüentava mais de ansiedade... Desejava aproveitar, ao menos um pouco, aquela felicidade que o baile representava e afastar-se da solidão em que vivia. Conseguiu um paletó usado; pregou só alguns botões soltos; engraxou os velhos sapatos dando a ele ares de novos; fez barba e cabelo; e comprou um bom perfume para pagar em algumas prestações; tomou um banho demorado...

Na hora marcada, pronto que estava, pediu a um amigo para levá-lo de carro até o alto do monte, pois não seria elegante chegar a pé; e ao entrar no baile seu coração se acelerou...

Era tudo lindo e perfeito como ele imaginara: luzes, música, brilho, bom vinho, risos, pessoas felizes... Um momento!!! Mas nem todas as pessoas estavam felizes! Como pode alguém estar triste num lugar e ocasião como aqueles?

No bar, homens tímidos ou feridos por amores não realizados... nas mesas, mulheres tristes e de ego ferido por não serem chamadas pra dançar... O que fazer?

Aí o entregador de convites teve uma idéia!

Gentilmente, e como quem não quer nada, passou pelas mesas e pelo bar e perguntou o nome das pessoas; depois pegou caneta e guardanapos e começou a enviar convites às pessoas para a dança em nome umas das outras; pediu ao maestro uma canção que aquecesse os corações e, aos poucos, os pares começaram a se formar e o salão se encheu de casais movidos por aquele clima de paixão...

Também o entregador de convites pode sentir seu coração se aquecer e desejou encontrar também alguém que lhe servisse de alegre companhia... Mas aí a tristeza: por causa dos seus convites todas as pessoas haviam encontrado seu par não sobrando ninguém para dançar com ele...

E o entregador de convites, estranhamente, sentiu-se muito só, mesmo rodeado por tantas pessoas... Ninguém nem sabia quem ele era ou o que fazia... Era só um entregador de convites... O salão e os bailes não eram o que ele esperava...

Triste, afrouxou a gravata e desceu, a pé, o monte em direção à sua casa...

Já em casa, depois de uma xícara de chá bem quente, o entregador de convites se sentiu reconfortado... Aos poucos a tristeza foi dando lugar ao gozo de pensar que sua função era justamente unir, congregar as pessoas... à sua mente foi vindo também o batalhão de pessoas a quem ele se sentia unido, e por essa lembrança, mesmo só, sentia-se melhor acompanhado do que quando estava no baile, porque é fácil ter pessoas fora, difícil é mantê-las dentro com carinho sempre renovado...

Tinha nas mãos, na pele, no olhar e no coração muito carinho pra dar... não ter quem os recebesse o constrangia, é verdade... mas decidiu-se por passar todo esse carinho para os convites que distribuía...

Ele sabia que choraria ainda algumas vezes a presença constante da solidão... sabia que seu papel era considerado maior que ele, mas encontrou prazer também em saber que todo o crédito ficaria para o Amor de quem era apenas pobre servo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Aprendendo sempre


O São João é uma festa muito bonita aqui nesse recanto... Muita luz, cor, forró, samba de coco, e gente... muita gente... muito gente... dos tipos e personalidades as mais variadas...

Foi no contato com gente assim, muito gente, que aprendi nesse dia de São João...
No meio do povo destacava-se uma pessoa, um jovem, por sua roupa extravagante e cheia de personalidade, que se expressava também no seu jeito de dançar, de existir... Pela mania que temos de categorizar as pessoas, no pobre catálogo que estabelecemos, ao olhá-lo, todos dizemos: um homossexual...

Até ri da sua diferença... o que me faz lembrar uma intrigante frase de Gil Vicente: “O riso é a coisa mais séria do mundo”; querendo dizer que, na maioria das vezes, rimos das coisas com as quais não sabemo lidar, rimos do que gostaríamos de mudar sem saber como, atestando assim nossa ignorância e inabilidade...

Adoro dançar samba de coco, verdadeira paixão! O samba de coco é uma dança muito popular e sem distinção onde dançam juntos pobres e ricos, heróis e vilões sociais, todos numa única roda, numa única batida, o que aumenta ainda mais meu fascínio por essa dança... Nesse caldeirão aí me encontrei várias vezes com Cássia Éller (nome com que batizamos o jovem por sua presença de espírito e personalidade livre e forte), mas sempre que estávamos prestes a trocar alguns passos o meu sensor de preconceito soava sem que eu nem me desse conta (só agora sei porque pude pensar sobre).

Mas algo novo aconteceu... é como se Deus, por sua infinita misericórdia, quisesse me dizer do amor que tem pelos seus, todos, e contivesse o ridículo em mim... ao aproximar-se a Cássia, dançamos juntos, sorrimos juntos... Uma contra-dança curtíssima, mas suficiente para me permitir ver olhos que escondem uma alma enorme e para ouvir um breve “OBRIGADO”; Obrigado esse que me fez sentir vergonha de mim mesmo...

Como podia me achar melhor que ele? Em quantas coisas ele devia ser mehor que eu... tantas!!!


Senti-me muito triste por ter permitido que as convenções sociais me moldassem com o meu total consentimento e sem a minha reflexão... E me senti um grande hipócrita por me dizer cristão... Que cristão que nada! Um farsante!!! Deixei que me ensinassem um Deus que pune, um Deus que faz acepção de pessoas, um Deus que ama quando convêm e que obedece a categorização humana... Como pude ser tão burro? E como pude ler o evangelho de Jesus toda a minha vida e não perceber que esse Deus que me ensinam é incoerente com o Deus verdadeiro, o Deus que ensinou do amor pelos olhos do seu filho, o Deus humano no filho que amou a todos, especialmente quem mais precisava ser amado...

Senti uma vergonha que, se perdurasse por mais tempo me levaria ao desespero... Mas Deus, misericordiosos como só ele pode ser, sufocou minha dor e me trouxe o gozo de quem aprende, a alegria de começar de novo do jeito certo – e, com muita alegria, me senti feliz por ser cristão, não farsante hipócrita como antes... Numa contra dança me senti um cristão de verdade!!!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Dia dos Namoramigos

Ganhei dois presentes no dia dos namorados... Iuhuuuuuuuuuuuuuuuu!!! Kkkkkkkkkkkk... Um recorde!!!
Um foi de Alan que, penalizado por minha solidão, me deu uma trufa alguns minutos antes da meia noite; mas o que importa é que a alegação foi o dia dos namorados... e hoje ganhei uns perfumes da Tia (Celi, ou Ló Fuá – como queiram) também sob mesma alegação...


Junto a isso, o final de semana passado foi supra: quinta (Jantar de Aniversário de Anne com o grupo de leitura – meus mais novos amigos de infância, e show de Celina Borges); sexta (aniversário de Allana – a negrinha ridícula – com Dona Fátima, a comunidade Christós e a galera da COHAB); Sábado e Domingo estive mais uma vez com o povo de Pão de Açúcar com quem ri um bocado – foi uma muvuca de abraço, beijo, empurra-empurra, carinho, brigas, caras e bocas...

O que aprendi disso? Pensemos juntos:

Contam os autos da psicologia que um rei (não me recordo de onde), num experimento sobre a fala espontânea, colocou alguns bebês em observação cujo único contato com os outros era a ocasião de alimentação e higiene... Conclusão do experimento: todos os bebês morreram! Motivo? Falta de estímulo afetivo!
Também, em estudo recente, descobriram que crianças afetivamente estimuladas tornam-se adultos mais inteligentes e criativos...

Aula de psicologia? Eita! Calma, ô! Você já vai entender...

É que, por muito tempo, assim como o rei (não sei qual nem de onde), acreditamos que necessidades essenciais eram higiene e alimentação... Mas esquecemos das fomes e sedes da alma e o alimento que ela mais gosta: CARINHO!!!
Esquecemos do carinho como alimento da alma e acabamos definhando em almas desnutridas, carentes e solitárias; estabelecemos como idéia unilateral de carinho o dos pais, e o dos “namorados”, mas acabamos esquecendo uma outra fonte de nutrição de carinho tão excelente quanto as outras: os “namoramigos” ou “amigorados” (como quiser); kkkkkkkkk...

Mas é sério!!! Ou você nunca pensou que ia sufocar de rir com as presepadas dos amigos? Nem desejou que o tempo passasse mais devagar para que um momento bem simples com eles durasse um pouco mais? E nem sentiu a dor da saudade apertar e doer fundo quando se separou deles? Então você também tem namoramigos!!! Kkkkkkkk...


(Ah! Isso faz lembrar a Casa da Mãe de Deus... e faz sentir vontade de rir e chorar simultaneamente pois, como diz o poeta: “ O que foi bom faz bem pra vida inteira...)

Amigo fiel é refúgio seguro: quem o encontrou encontrou um tesouro.
Amigo fiel não tem preço: é um bem inestimável.
Amigo fiel é um elixir de longa vida: os que temem o Senhor o encontrarão.
(Eclesiástico 5, 14-16)

Se é o carinho um alimento para a alma, a minha está obesa, e para a estética dos afetos, assim fica mais bonita e nem precisa fazer dieta, nunca!!!
Se os amigos são tesouro (danou-se), sou baita rico!!! E mesmo de cofres cheios, detesto avareza sentimental, portanto, quando vierem, venham generosos... rsrsrsrsrsrsrsrs...

Aos meus amigorados um beijo na boca, não no sentido vulgar e hedônico com que os desnutridos se beijam (não!), mas como o de Deus ao insuflar vida e alma a pobre matéria de que somos feitos... “beijos de boca” com troca de essência, de vida e gratuidade...

OBS: Pepé me perguntou que canção cantaria pensando no amor naquele instante, e a escolhida foi Caminhos Cruzados de Tom Jobim & Newton Mendonça... espero que apreciem...


sexta-feira, 12 de junho de 2009

UMA MULHER, QUATRO HOMENS E MUITOS SEGREDOS


Como é bom encontrar pessoas!!! É como viajar por outros mundos... olhar, por um instante, a vida por outros focos...
Não quero aqui desmerecer a maravilhosa literatura que temos à nossa disposição, mas as pessoas são melhores que livros... e nessa semana comecei a ler três; seus títulos são: ADRIANO, ANE e FRANCISCO... Só tive contato com os primeiros capítulos, mas posso dizer de antemão que tenho adorado...
Também eu expus minhas paginas num RENNAN em edição especial; e junto ao velho PEPÉ de cabeceira, juntos esses títulos num único compendio, Adriano o batizou: UMA MULHER, QUATRO HOMENS E MUITOS SEGREDOS!!! Kkkkkkkkkkk...

Essas pessoas fazem parte de um clube de leitura com postagens disponíveis no blog http://cavaleirosinexistentes.blogspot.com , cuja função será me ensinar a ler bons livros, e como tudo na vida é partilha, tentarei também ensiná-los a ler pessoas, livros vivos que vão se escrevendo e inscrevendo em nós a cada segundo, por traços e escolhas de forma que nunca chegamos ao fim (nem quando vem o aparente selo da morte) e nunca também podemos prever os próximos capítulos fazendo dessa leitura algo totalmente criativo e de contextos inesperados... nenhuma outra leitura é capaz de arrancar de nós tantas reações: paixão, raiva, dúvida, oposição, graça, desejos... e também nenhuma outra ensina tanto porque suas páginas tem calor ao toque, suas palavras entonação e timbre, suas encadernações são únicas e tem imagem e cor – uma verdadeiro deleite para os sentidos...
PESSOAS SÃO INCRIVELMENTE MELHORES QUE LIVROS!!! Mas a maravilhosa literatura que temos também nos ajuda a ler pessoas porque seus incríveis autores são, nada mais nada menos que: as pessoas que melhor sabem ler pessoas e, antes de tudo, sabem ler a si mesmos...
Se quiserem ler um pouco mais de nós, acompanhem nossos blogs, e terão acesso a algumas páginas do nosso UMA MULHER, QUATRO HOMENS E MUITOS SEGREDOS; mas não esperem saber tudo de nós, afinal, segredos, se contados, deixam de ser segredos, e nossas vidas são livros abertos, mas com algumas páginas arrancadas!!! Kkkkkkkkkkkk...
BOA LEITURA!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Baile de Máscaras


Outro dia, há uma semana atrás exatamente, estive com uma amiga muito querida chamada Adriana a quem já fiz referência outro dia numa postagem...
Embora vira-e-mexe tenhamos notícias um do outro e nos mantenhamos ligados por laços outros além dos tangíveis, passamos sempre bom tempo sem nos encontrarmos fisicamente, mas isso foi mudado na semana passada.
Encontramo-nos sempre rodeados de muita gente e, num brevíssimo instante em que conseguimos ficar sozinhos, ela perguntou: "Você tá bem?", ao que respondi que sim e ela retrucou: "Bem mesmo? Ou usando uma máscara como os outros?". kkkkkkk...
Achei a pergunta perfeita!!! Mas tive que confirmar estar bem para não ser infiel a mim mesmo e ao meu atual estado, embora tenha compreendido totalmente a sua indagação...

E que indagação tão justa essa e quão dolorosa para quem se dá conta dela... posso dizer de própria experiência! Mas o fato é que vivemos mesmo em um baile de máscaras...

Ao longo da história, nós, seres humanos, fomos nos especializando em criar padrões e comportamentos estereotipados para singularizar nossos grupos; uma "burra" tentativa de fazer diferente o que é, por sua natureza, desigual - gente; seria algo como um jogo infantil de quem tem o brinquedo melhor - lembra? - "O meu carrinho tem lanternas que piscam!" "Besteira, o meu tem controle remoto!" kkkkkkkkkkk... da mesma forma os agrupamentos humanos foram criando padrões de comportamentos que foram sendo aceitos por todos - e eles não são em todo maus; são elementos importantes nas artes sociais - mas acabaram sendo obras maiores que seus autores... Olhemos o exemplo daquele monte de talheres que os bacanas usam pra comer: depois de tanto troca-troca de talheres, pratos e taças a comida já perdeu o gosto! kkkkkkk... Um artificio criado pela classe dominante para se diferenciar da forma de comer do "povão" - nenhuma finalidade prática em si mesma!!!
E assim compreendemos que fomos criando tantos estereótipos e padrões de comportamento humano aceitável que essa "catalogação humana" nos ultrapassou... prendemo-nos nas armadilhas que nós próprios criamos... E isso faz lembrar Jesus (e já usei essa expressão antes) ao indagar se o sábado foi feito para o homem ou o homem para o sábado...

Eita!!! Acabei misturando tudo!!! Mas vou voltar e tentar relacionar isso aí as máscaras do baile:
Aprendendo, desde o nascimento, as normas desse "catálogo" de posturas, sentimentos e aparências aceitáveis, sendo, originariamente, feitos diferentes e para diferença, para assumir essa supósta igualdade (em alguns casos até necessária) escolhemos a máscara mais adequada, e a que, muitas vezes, é inversa a nossa face fiel, como quando, por exemplo, escolhemos a máscara de sofredores - para manter as pessoas a nosso lado penalizadas; ou a de alegres - para esconder tristezas com as quais não sabemos lidar; ou a de seguros - para não dar vazão as nossas inseguranças...

Somos assim: máscaras... inseguranças... diferenças... gente...
E nisso se faz a magia do baile: dançar conforme a música que toca; encontrar parcerias para boa conversa e contra-dança; beber sem se embriagar; e, de tudo o mais belo e desafiador, descobrir a beleza que as máscaras escondem... sempre tem um momento na festa em que acabamos tirando, ou mesmo chega uma hora em que elas precisam cair...

Quando as pessoas as tiram por opção é sempre uma experiencia muito prazerosa... Mas o cair das máscaras é sempre momento de tensão porque, pegando desprevinido quem a ostentava, acaba revelando o que queria esconder - aí há dor a priori, vergonha, constrangimento, julgamento e espanto dos que vislumbram isso - mas depois vem a gozo, sempre vem depois...

Mas se sempre chega uma hora que as máscaras são retiradas, por escolha, necessidade ou de súbito, por que a usamos?

A resposta é simples e inversa ao que se pensa: É QUE SOMOS LINDOS DEMAIS!!!

Exatamente o que você acabou de ler - somos lindos demais! - e, embora acreditemos viver procurando isso, no fundo no fundo, temos medo de mostrar nossa face fiel e as pessoas nos amarem... tanto porque teriamos que revelar, além da nossa beleza estonteante nossa feiura, como teríamos que amar com intensidade e singularidade, o que é bem novo para quem aprendeu a seguir padrões; e todo novo amedronta, não é?

Se nos mostrarmos exatamente como somos travaremos relações de mais verdade e o amor terá campo aberto para se manifestar em toda sua força... mas vivemos com medo de não estar prontos... um estranho medo de não estar prontos para o que fomos criados... um estranho medo de querer o que nos move até a raiz mais profunda da nossa alma: o amor; e assim nos encontrarmos diante da face de Deus, não mais envergonhados como Adão e Eva, mas como homens e mulheres novos, libertos pela verdade e pela luz que ilumina o mundo e todas as criaturas que é Cristo Jesus, origem de todo o verdadeiro amor...

A quem, lendo isso, ache estar diante da opinião de um louco romântico qualquer - tudo bem!!! Demos um viva a liberdade de ser, compreender e existir da melhor forma que convier a cada um... Mas não tratamos aqui de fórmulas mágicas, decisões que mudam tudo num piscar de olhos, mas de atitudes novas, renovadas... Também eu uso as minhas máscaras!!! Algumas delas usei tanto e tão fielmente que até as confundi comigo mesmo, com minha face real... Outras nem me dei conta que usava... Outras usei segundo a maldade do meu coração... Mas tomei consciencia de que, nenhuma delas, nem a mais sofisticada, se assemelha a minha beleza, e sei do quanto sou feliz e livre quando não preciso usar nenhuma... e nesse baile que nunca termina, clamo a Deus, grande anfitrião dessa casa, não deixar-me faltar sabedoria para usar as máscaras que me forem necessárias, mas também para despir-me delas o quanto mais for possível, e que não me falte determinação para fazer a justa apreciação dos olhos cujas máscaras nunca podem esconder ou negar...

Beijão na bunda!!!

(Postagem dedicada a Adriana - Filha da Lua)